Este projeto estruturado destaca-se em razão da relevância da rodovia longitudinal federal BR-174 para os Estados brasileiros do Amazonas e, principalmente, de Roraima, que tem esta via como única ligação com o resto do Brasil, devido aos obstáculos à navegação pelo Rio Branco, que a tornam intermitente. Além disso, consolida o transporte regional mediante a ligação rodoviária do Brasil com a Venezuela, a partir do marco BV8 (Santa Elena de Uairén) até os portos venezuelanos, principalmente o de Puerto Ordaz, pela via Troncal 10. A BR-174 tem uma extensão de 975 quilômetros de Manaus/AM até Pacaraima/RR, na fronteira com a Venezuela. Sua construção começou em 1977 - obra contemplada no projeto geopolítico nacional de integração e ocupação da Amazônia - e terminou em 1998. O custo final desta obra ficou em US$ 168 milhões. Deste total, 51,2% foram financiados pela CAF; 23,4% pelo Governo Federal, 13% pelo Governo do Estado do Amazonas e 12,4% pelo Governo do Estado de Roraima. Nos dois primeiros anos gerou um fluxo adicional ao comércio que superou o valor total investido na sua construção. Seu legado foi o de induzir o desenvolvimento espacial, socioeconômico e comercial, proporcionando facilidades na mobilidade origem/destino de bens e pessoas que viviam em condições de semi-isolamento; e a capacidade do transporte com a redução das distâncias e do tempo de viagem, o que refletiu em ganhos operacionais. As intervenções necessárias na referida rodovia configuram-se, assim, de extrema importância no contexto nacional e regional, na medida em que é a indutora do processo de desenvolvimento sustentável deste peculiar espaço geográfico amazônico, visando a melhoria da qualidade de vida das populações e o fomento de seus respectivos centros produtivos.