Com a conclusão do trecho Sul, juntamente com o trecho Oeste, estima-se uma redução de cerca de 43% no movimento de caminhões na Marginal do Rio Pinheiros e de 37% na Avenida dos Bandeirantes. O Trecho Sul tem início no trevo da rodovia Régis Bittencourt - no entroncamento com o Trecho Oeste. O traçado acompanha as várzeas do rio Embu-Mirim. Para assegurar a preservação dessas áreas, as pistas foram separadas para permitir a criação de dois parques. Cruza a represa de Guarapiranga no seu ponto mais estreito, com uma travessia de apenas 90 metros, sem aproximar-se do Parque do Embu-Guaçu, localizado mais ao sul e a 12 quilômetros da captação de água da SABESP. Passa pelo reservatório da Billings, através de duas pontes: uma no braço do Bororé e outra no corpo principal. Para não induzir a ocupação nas zonas de mananciais, o Trecho Sul estende-se por 38 quilômetros sem nenhum acesso às avenidas da região, passando por Itapecerica e Parelheiros, até chegar à rodovia dos Imigrantes. Após o cruzamento com a Via Anchieta, prossegue em direção a Mauá, margeando o braço do Rio Grande, funcionando como uma barreira à ocupação desordenada e previne a degradação do manancial que abastece a região do ABCD. Ao projeto foi adicionada uma ligação de padrão rodoviário com 4,4 quilômetros de extensão até a avenida Papa João XXIII, em Mauá, que será duplicada para receber o novo tráfego proveniente do Rodoanel. No trevo da Imigrantes alças direcionais de grande capacidade permitirão manter a fluidez do tráfego das rodovias interligadas. A Via Anchieta é a principal responsável pela movimentação de cargas do Porto de Santos. A existência de adutoras, gasodutos e polidutos exigiram projeto adequado do trevo para respeitar esses dispositivos e também isolar a estação de captação de água da SABESP. Para proteger essa estação foram desenvolvidos sistemas de drenagem de forma a orientar as águas provenientes do Rodoanel. Barreiras de contenção foram implantadas para evitar o assoreamento das represas. As estradas de Itapecerica e Parelheiros ganharam pontes e viadutos, permitindo o tráfego local e garantindo a movimentação e a integração social das comunidades sem, contudo, dar a ao longo do seu traçado, o Rodoanel vai recuperar áreas degradadas, como portos irregulares de areia onde a extração predatória provocou erosão. Após a recuperação, essas áreas receberão paisagismo e reurbanização. Foram projetadas travessias em locais adequados que possibilitarão a circulação de animais, minimizando a sua interferência.