O acesso de Cruzeiro do Sul a Pucallpa dá-se apenas por via aérea (taxi aéreo). Do lado brasileiro, não há infraestrutura viária. Tanto a via férrea (EF-354) quanto a rodovia (BR-364/AC) estão apenas planejadas.
Cabe salientar que essa conexão terrestre tem pelo seu caminho o Parque Nacional da Serra do Divisor, criado para proteger os ecossistemas e a biodiversidade da região, abrangendo terras dos municípios adjacentes.
O Parque é considerado local de maior diversidade da Amazônia. Abriga espécies endêmicas vegetais e animais e há registros de fósseis. É um Divisor natural das águas das bacias hidrográficas do Rio Juruá e do Rio Ucayali. Sua área de 840.955,00 hectares está preservada graças às dificuldades de acesso impostas pelas peculiaridades da região. Além disso, populações indígenas habitam o Parque tanto no território brasileiro como no peruano.
Apesar do forte componente ambiental e indígena, a eventual ligação viária está na pauta da agenda de ambos os governos. As respectivas chancelarias empenharam-se na criação de um grupo de trabalho voltado exclusivamente para a discussão desse tema no âmbito da Comissão Vice-Ministerial de Integração Fronteiriça Brasil-Peru (CVIF), que se encontrou pela quinta vez em Brasília, no dia 7 de março de 2013. Além disso, foi assinado Memorando de Entendimento entre as Partes, em Lima, no dia 22 de agosto de 2012, para o exame específico das questões relacionadas à viabilidade da conectividade ferroviária entre o Brasil e o Peru. O Grupo de Trabalho sobre interconexão ferroviária - GTIF reuniu-se em Brasília, pela primeira vez, em 31/10/2013.
Em 12 de novembro de 2014, Brasil, China e Peru assinaram um Memorando de Entendimento que cria um Grupo de Trabalho Trilateral para estudar a viabilidade de uma conexão ferroviária entre o Brasil e o Peru.
Assim, Brasil e Peru seguem discutindo a melhor alternativa de interconexão terrestre na referida localidade.