A Bacia Amazônica é a maior do mundo. São 7 milhões de km2, dos quais cerca de 4 milhões estão em território brasileiro. Uma vasta região entremeada por milhares de quilômetros de cursos d'água. O Rio Amazonas, seu principal rio, nasce a mais de cinco mil metros acima do nível do mar, no Peru, Cordilheira dos Andes, com o nome de Vilvanota, recebendo também as denominações de Ucaiali, Urubamba e Marañon. O percurso total até o Oceano Atlântico é de cerca de 6,8 mil km. Recebe a contribuição de sete mil afluentes, ganhando um colume d'água que chega a 180 mil m3 Entra no Brasil com o nome de Solimões até o encontro com o Rio Negro, em Manaus, e daí até sua foz, denomina-se Rio Amazonas. O sistema Amazonas-Solimões possui uma calha navegável com profundidade garantida para navios do tipo Panamax de 60 a 70 mil TPB. Quando se encontra com o mar, o Rio Amazonas apresenta problemas na Barra Norte, pois no período de águas altas ocorre pressão do oceano, causando sedimentação no leito do rio e, consequentemente, restrição de calado sem, entretanto, interromper o tráfego regional. A posição geográfica estratégica do delta do Amazonas, mais próximo do hemisfério norte, propicia o escoamento da produção do centro-oeste e do norte do Brasil para os grandes mercados consumidores a preços competitivos. O Rio Amazonas é totalmente coberto por cartas náuticas, possui balizamento fixo e está preparado para a navegação marítima de longo curso, cabotagem e fluvial. Excepcionalmente, em épocas de seca, que vai de setembro a novembro, pode haver restrição à navegação em alguns pontos do Rio Solimões, entre a ilha da Botija e a ilha Cipotuba. O Solimões, devido as suas características está sujeito a profundas modificações na forma dos canais fluviais com o surgimento e deslocamento de bancos de areia, ilhas e erosão de margens.
Fonte: ANTAQ - Estradas D'Água As Hidrovias do Brasil.